sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Insuficiência renal na infância é doença grave e atinge 1,5% da população brasileira, alerta especialista





No Brasil não há números precisos sobre a insuficiência renal na infância, mas estima-se que 1,5% da população na faixa etária entre 0 e 19 anos tenham doença renal crônica dialítica, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (dados de 2007). A doença é definida como a falência parcial ou completa dos rins e pode ser aguda ou crônica. Segundo Mariléa Leal, nefropediatra do Hospital Prof. Edmundo Vasconcelos, um dos problemas mais freqüentes em crianças e adolescentes é o diagnóstico tardio da doença, em um estágio em que o órgão já apresenta lesões graves.
A insuficiência renal aguda pode estar associada a doenças graves e é reversível se o tratamento for realizado de forma rápida e adequada. Já a insuficiência renal crônica aparece de forma lenta, progressiva e irreversível. "Quando a função renal cai abaixo de 15% é necessária a terapia de substituição renal, como o tratamento dialítico e o transplante renal", diz a médica.
As principais causas de insuficiência renal crônica na infância são as doenças urológicas hereditárias, a exemplo da uropatia obstrutiva (bloqueio da via urinária, ou seja, quando a urina não sai), aplasia (o rim não se forma), hipoplasia (o rim funciona, mas tem tamanho inferior ao considerado normal) ou displasia (o rim se forma de maneira anômala).
A prevalência de doença renal crônica avançada na infância nos Estados Unidos atinge cerca de 80 crianças em cada milhão de pessoas na faixa etária entre 0 e 19 anos, segundo dados da NAPRTCS (Estudo Cooperativo de Transplante Renal Pediátrico Norte-americano). A prevalência maior é em adolescentes acima de 15 anos.
O Hospital Prof. Edmundo Vasconcelos tem um serviço de excelência na área de Nefrologia há 15 anos e atende em média 55 crianças/mês. O hospital dispõe de uma equipe multidisciplinar formada por nutricionistas, psicólogo, assistente social, entre outros profissionais.

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