segunda-feira, 28 de abril de 2008

Paquistanês ganha maior prêmio de jornalisno dos EUA





A foto - acima - de um cinegrafista morto no chão estampou as primeiras páginas de 60 jornais em vários países no ano passado. Com ela, o repórter fotográfico Adrees Latif, 34, ganhou neste ano o maior prêmio de jornalismo dos Estados Unidos, o Pulitzer. O registro foi feito durante uma repressão de tropas birmanesas a protestos em Yangun, Mianmar, país asiático.


Adress nasceu no Paquistão. Atualmente mora em Bancoc, na Tailândia, e está acostumado a registrar conflitos por toda a Ásia. Em entrevista a jornais internacionais, o repórter fotográfico diz que jamais esquecerá o tiro que matou o colega de trabalho, o japonês Kenji Nagai, e que sempre pensa na família do cinegrafista.

Adress descreveu o momento da foto. "Foi tudo muito rápido", conta o fotógrafo. Ele só percebeu que o cinegrafista japonês poderia estar morto quando se afastou do local e pôde ver a foto com calma. Então, voltou para tentar ajudar. Mas havia muitos soldados próximo ao corpo de Nagai, que continuava imóvel. Foi aí que Adress resolveu sair depressa, pois acreditou estar em perigo.


O fotógrafo estava em Pokhara, no Nepal, quando recebeu a notícia de que era o ganhador do prêmio Pulitzer, na categoria Fotografia de Última Hora. Adress estava no país para cobrir as eleições. "Foi uma surpresa", conta o fotógrafo, que esperava no máximo ficar entre os finalistas.

O pai de Adress o encorajou a inscrever o registro para o prêmio Pulitzer. Segundo o repórter fotográfico, o pai dele ficou entusiasmado depois de ver a foto pública na primeira página do “New York Times”, no dia 28 de setembro de 2007. E disse que o prêmio era certo.